Maria Leonor Vidigal
Maria Leonor Ribeiro de Campos Alves Vidigal, nasceu na clínica de São Cristovão e São Lourenço, em Lisboa, em 1955.
Nos últimos anos da sua licenciatura em História, começou a dar aulas de História e Português em escolas públicas em Lisboa e arredores.
Após alguns anos a leccionar, decidiu dedicar mais tempo a desenvolver o seu gosto pelo desenho e pela pintura, fazendo ilustrações para publicidade e capas de livros para a editora Estampa.
Estudou na ARCO, no IADE e fez os cursos de desenho da Sociedade Nacional de Belas Artes.
É a autora dos desenhos de merchandizing da galeria com a mascote da loja (criada pela própria por volta de 1978), assim como de outros trabalhos diversos de desenho, pintura, cerâmica, modelagem, etc..
Sendo a artista em causa também minha mãe, tenho que fazer um esforço acrescido para combater a subjetividade de qualquer texto que escreva sobre este assunto.
O seu contributo desde o início para o arranque deste pequeno negócio tem sido valioso, para além do esforço físico empregue na remodelação deste pequeno espaço: Desenhou sem hesitação o logotipo da galeria, assim que lhe pedi, e os seus bonecos - que são também a sua imagem de marca, os desenhos que todos os amigos conhecem desde sempre - são a mascote da nossa galeria.
Sobre o meu projecto V Art, que teve início como repositório de cotações de artistas em leilão, tem-me ajudado a ter uma visão mais humanista sobre as páginas dos artistas: foi a pessoa que me aconselhou a começar a colocar um texto objectivo, sucinto e fácil de ler (até no telemóvel), com os dados biográficos de cada artista.
De facto, nota-se muito nessa minha base de dados, que aquilo que define o valor de mercado de um artista, nem sempre está relacionado com talento ou valor artístico, mas sim com uma relação entre a procura e a oferta de um determinado mercado.
Efectivamente, também neste caso, se pode constatar que a artista é pouco orientada para o mercado, e não dispende qualquer tipo de esforço ou energia com a promoção dos seus trabalhos, antes pelo contrário: o seu trabalho vem de dentro, por necessidade e a prova disso é que tem muitos trabalhos que nem eu, nem ninguém conhece.
Como nota introdutória, aqui deixo em destaque, um desenho a carvão que me foi oferecido, quando tinha cerca de 9 anos, de que gosto muito e que tem andado sempre comigo. Lembro-me que foi feito num ápice numa tarde de Verão.